Ano novo, vida velha.
Escolha de forma diferente e faça com que resulte.
As resoluções de ano novo são desejos armazenados que têm a oportunidade de serem ditos ou escritos nesta altura do ano.
8% das pessoas concretiza as resoluções antes do ano em questão terminar[1].
Embora tenham mais probabilidade de concretização as resoluções que são escritas do que as que são ditas, os números só vêm concluir o que todos sentimos. É muito bonito o espírito global nesta fase do ano, mas “morre” cedo.
As resoluções mais procuradas no Google são:
- Perder peso
- Deixar de fumar
- Conseguir emprego ou mudar de emprego
- Passar mais tempo com a família
- Apaixonar-me
- Organizar-me financeiramente
- Etc etc etc…
Quantas resoluções é que já deixámos esquecidas?
A 31 de Dezembro parecem todas fundamentais para enfrentar a vida daí em diante. Mas depressa as deixamos cair. Difíceis de iniciar, mais ainda de manter e de levar a cabo de forma saudável.
Porquê?
Porque se não as tomámos antes pelo nosso bem-estar e desenvolvimento, porque raio o faríamos apenas perante a efeméride ou a moda do momento que nos incita a fazê-lo? Falhar vai ser o mais provável. Costumo dizer “esta não chega a fevereiro…”.
As razões que nos fazem esquecer são todas válidas. Mas destaco:
- São autodirigidas – necessitam de introspeção e tomada de decisão, o que interfere com as crenças, a intimidade e com um peso emocional associado muito elevado;
- Mexem com padrões de atuação muito enraizados, confortáveis, aprendidos em tenra idade (a mudança requer sair da zona de conforto);
- Obrigam à alteração de rotinas (de elevada dependência na maioria dos casos).
E se a solução passar por resoluções maiores do que o “eu”?
Não precisamos de criar resoluções diferentes, mas diferente deverá ser sim a forma como as pensamos, as dizemos e as escrevemos!
Somos seres sociais, a nossa natureza não é solitária. Com alguma facilidade fazemos coisas (boas ou más, ou mais ou menos) em grupo e para o grupo. Por isso, a solução pode ser simples e passar por se comprometer com a sua tribo, a família, a equipa de trabalho ou com o planeta.
Faça-as em prol de um bem maior, simplifique e passe à prática.
Por exemplo:
- Deixo de fumar pois vou descansar os que mais me querem bem em relação à minha saúde.
- Vou aprender a comer melhor para ter mais energia no trabalho e poder ser mais interativo na minha equipa.
- Vou fazer uma formação de gestão financeira caseira com a minha tribo de amigos.
- Vou trabalhar numa empresa que tenha uma missão e valores de sustentabilidade para deixar um mundo melhor para os meu filhos e netos.
Quando já tiver estabelecido as rotinas, tome-lhes o gosto e faça-o por si.
Porque vale a pena, porque realmente quer, porque lhe faz sentido e não porque alguém está a observar.
Lembre-se, o voo imponente da águia é solitário…
Referências:
[1] (http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1002/(ISSN)1097-4679).