Parte I
As Lesões por Esforço Repetitivo, também conhecidas por LER são lesões nos sistemas músculo-esquelético e nervoso. É um tipo de Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). Estas lesões são causadas por:
- tarefas repetitivas
- esforços vigorosos
- vibrações
- compressão mecânica (pressões contra superfícies duras)
- posições desagradáveis por longos períodos
Consiste num síndrome de dor com queixas e grande incapacidade funcional, causada em primeiro lugar por tarefas que desenvolvem movimentos locais repetitivos ou posturas forçadas.
Este síndrome também é conhecido por L.T.C (Lesão por Trauma Cumulativo) e por DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).
Contudo, tornou-se comum e mais popular designá-la pelo nome LER: a denominação mais adotada, LER, representa exatamente do que trata a doença, pois relaciona sempre tais manifestações com certas atividades no trabalho.
O diagnóstico pode incluir as tendinites e tenossinovites primárias e outros fatos, como reumatismo, esclerose sistémica, gota traumática, osteoartrite, diabetes, mixedema, etc.. uma vez que estas também representam frequentes lesões causadas por esforço repetitivo.
Contexto Histórico das Lesões por Esforço Repetitivo
Desengane-se quem pense que este tipo de lesões é referente apenas à era moderna, porque as lesões inflamatórias causadas por esforços repetitivos eram já conhecidas desde a antiguidade sob outros nomes, como por exemplo, em 1891, o “Entorse das Lavadeiras”, descrito por De Quervain.
Embora este problema não seja exclusivo da atualidade, foi após a primeira revolução industrial que ganhou uma visibilidade deferente.
Classificação das Lesões por Esforço Repetitivo LER
Existem diversas formas de classificar as LER: as classificações mais comuns são feitas conforme a evolução e o prognóstico, classificando a “DORT” baseando-se apenas nos sinais e sintomas.
Fases:
- 1 – Apenas dores mal definidas e subjetivas, melhorando com repouso.
- 2 – Dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos.
- 3 – Exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso.
- 4 – Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente permanente).
Estágios:
- 1 – Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos fins-de-semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal.
- 2 – Dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com incapacidade para o trabalho repetitivo.
- 3 – Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do sono e presença de sinais objetivos no exame físico.
Graus:
Existe ainda a classificação por graus, sendo uma classificação de um a quarto conforme a gravidade.
Na parte II deste artigo vamos abordar as causas e antever algumas soluções para esta patologia.
Texto do terapeuta Nuno Silveira
Especialista em massagens