Parte II

No artigo anterior, definimos o que são Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e como as podemos classificar. Agora vamos perceber como as podemos combater.

Prevalência

Algumas das lesões mais frequentes são ferimentos de dedos da mão com ou sem menção de complicações: fratura de falanges, síndroma do túnel cárpico, lombalgia, entre outras.

As áreas corporais frequentemente mais afetadas pelo LER são:

  • pescoço;
  • costas;
  • ombros;
  • punhos;
  • mãos.

Os setores com mais casos de LER são o Bancário, Comércio, Processamento de dados, Telecomunicações e Serviços em geral. Além deste, Setores como o Têxtil, Confeção e Químico são atividades igualmente com muita prevalência de LER.

 

Prevenção e Precauções de lesões

 

Se o trabalho exige movimentos repetitivos e já se percebe sinais de LER, talvez o melhor seja procurar ajuda médica na empresa. Se isso não for possível, deve procurar ir a um serviço de saúde para que um ortopedista avalie o caso e tome as medidas necessárias para ajudar. Assim, as possibilidades de recuperação serão muito maiores se a LER for tratada nos estágios iniciais.

Outro modo importante de combater a LER é dar atenção à ergonomia. O termo é definido como “ciência aplicada que se ocupa em projetar e desenhar os objetos que as pessoas usam a fim de que essas e os objetos possam interagir do modo mais eficiente e seguro”.

A ergonomia tem como principio adaptar o local de trabalho às pessoas, bem como as pessoas ao local de trabalho. Porém, não se limita a melhorar o formato dum teclado ou de um martelo. É preciso levar em conta as necessidades mentais e emocionais do trabalhador.

É verdade que mudar a ergonomia do local de trabalho pode estar fora do alcance do trabalhador. Mas a “ergonomia participativa” não está.

Ergomia participativa

O empregador que incentiva a ergonomia participativa no local de trabalho leva em conta as opiniões dos trabalhadores, convidando-os a encontrar maneiras de melhorar o local de trabalho. Esse empregador também dá apoio à criação de uma comissão interna de LER composta de empregados e membros da direção. O grupo fica atento ao local de trabalho para manter um ambiente seguro e confortável. Além disso, preocupa-se com causas de LER, incentiva a prevenção e define quais são as responsabilidades de empregador e de empregados no que se refere a controlar ou eliminar as causas de LER na empresa.

Outras medidas a tomar é a adoção de uma dieta equilibrada e adequada a sua atividade laboral, a pratica de exercício físico regular, preferencialmente a prática de desportos que potenciem o fortalecimento muscular e a flexibilidade. Outras medidas que promovam o relaxamento e previnam lesões, como massagem, poderão ser bastante efetivas.

 

Tratamento

Existem muitas causas para LER e portanto imensos tratamentos diferentes, mas geralmente o tratamento prescrito pelo médico ocupacional que diagnosticou a LER/DORT é imobilizar a área traumatizada, descansar por algum tempo sem fazer esforço na região, uso oral ou tópico de anti-inflamatórios e analgésicos e sessões com um fisiologista de reabilitação e treino de técnicas menos stressante para o corpo na atividade exercida. Em situações como cervicalgias e lombalgias, as massagens podem ser um dos tratamentos a adotar para o alívio da dor.

É obrigação da empresa providenciar equipamentos ou tempo livre para evitar doenças ocupacionais recorrentes.

Nas mais variadas profissões, todos estamos sujeitos às LER. Este é um tema muito vasto e complexo, no entanto existem estratégias simples que podem ser adotadas a fim de os evitar ou, pelo menos, minimizar.

 

Texto do terapeuta Nuno Silveira

Especialista em massagens